Serve para as empresas não entrarem feito bobas em enrascadas insolúveis.
Vou dar um exemplo: desde 2018 eu venho acompanhando a situação de Hong Kong. Já dava para perceber que haveria uma virada de regime.
Aconselhei dois clientes meus a não abrirem empresas offshore em HK e os dois me agradeceram assim que descobriram que o sistema bancário e político lá na prática foi dominado pela China continental.
A clareza em relação a isso não chegou à mídia popular ainda, apesar de a situação já ser irreversível.
Os empresários que tomam decisões com base no noticiário ou nas revistas semanais sempre vão errar.
Lembrei-me disso porque os fundadores da STRATFOR, uma agência de análise geopolítica que vem ganhado destaque, lançaram um artigo defendendo a criação do cargo de Diretor de Geopolítica Estratégica para as empresas multinacionais. Seria algo como um diretor de compliance ou de finanças, mas voltado para a diplomacia corporativa e a análise de cenários.
Eles argumentam que a ordem internacional baseada em comércio livre acabou e que estamos entrando numa era muito mais complicada. Eu concordo.
Fica a dica de leitura: “International Business Needs Grand Strategy”, por Michael Hochberg e Leonard Hochberg.
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