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segunda-feira, 30 de junho de 2014
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Identificando um fornecedor falso na China - Estudo de Caso
Segue um post redigido por um cliente. Ele trabalha na área de importação e tem um caso interessante em relação à China.
Eu não concordo necessariamente com as interpretações e sugestões dele (minhas visões sobre contratos com a China estão num post de mesmo nome. Além de meus outros posts sobre contratos internacionais).
Mas a crônica dos fatos está bem realista, e por isso acho que os leitores do blog vão gostar. Vamos a ela:
Resultado concreto: o quanto
economizamos para o cliente
Eu não concordo necessariamente com as interpretações e sugestões dele (minhas visões sobre contratos com a China estão num post de mesmo nome. Além de meus outros posts sobre contratos internacionais).
Mas a crônica dos fatos está bem realista, e por isso acho que os leitores do blog vão gostar. Vamos a ela:
ESTUDO DE CASO - FORNECEDOR FRAUDULENTO NA CHINA (post feito por um convidado)
Meu nome é Clóvis Tung e eu trabalho
com a Hosun
do Brasil Consultoria, cuja missão é
auxiliar importadores a comprar com segurança da China, com mais de 7 anos de
experiência ajudando nossos clientes a importar os mais diversos produtos, como
material escolar e ferramentas de segurança para construção civil.
Neste artigo descrevo como nossa
empresa ajudou um dos seus clientes a não perder dinheiro e tempo com uma
empresa falso da China.Todo cuidado é pouco quando se está importando com um
fornecedor estrangeiro. É muito fácil encontrar empresas falsas na internet e
ser enganado, caso você como importador não tome as precauções para avaliar os
seus potenciais fornecedores. As mensagens com a fábrica falsa foram trocadas
ao longo de Abril de 2014
Um cliente da Hosun me procurou em
Março para desenvolvermos uma importação de produtos domésticos de borracha e
silicone (copos, garrafas, bolsas, etc). Ele já havia entrado em contato com
alguns fornecedores, por meio de sites como Alibaba e Made-in-China, e me adicionou às mensagens que ele estava trocando com os
fornecedores potenciais.
Após algumas cotações e negociações,
recebemos uma oferta muito boa de uma fábrica, com preço bem abaixo dos outros
fornecedores. Por isso, pedimos para o contato desta fábrica, Lee (nome
fictício), nos informar o tempo e o custo para nos enviar uma amostra dos
produtos para o Brasil, para avaliarmos a qualidade dos produtos.
Site
bonito não quer dizer nada, quando se está avaliando a legitimidade de uma
empresa na China.
Ao receber este contato do meu cliente,
a primeira evidência de que havia algo suspeito - o email foi enviado de uma
conta do Gmail (presumimos que seja de uma conta grátis), ao invés de uma conta
de email corporativa. Entretanto, um email gratuito não é uma prova definitiva
de que havia algo errado pois várias empresas chinesas utilizam contas grátis
para contatar seus clientes.
Pedimos para enviar a invoice da
amostra para poder fazer o câmbio para o fornecedor, mas ao invés de me passar
conta de banco da empresa para remessas internacionais, ele me passou uma conta
de Paypal.
Eu achei meio suspeito, por isso fui
verificar o site do fornecedor (mostrado na primeira imagem do post). Tudo
parecia ok, até que analisando o site no who.is, eu vejo que ele foi criado em Março de 2014 - outro
indicador de que havia algo errado com a fábrica. Por via de regra, sites de
empresas muito recentes (menos de 2 anos de existência) são suspeitos, e podem
ser um indicador de fraude.
Screenshot
do registro do site no Who.is, mostrando que o site foi criado em Março de
2014.
Após esta evidência, eu já alertei o
cliente de que havia algo errado e pedi para irmos com calma com este
fornecedor.
O
próximo passo foi tentar agendar uma visita à fábrica e pedir uma cópia do
cadastro da empresa (营业执照)- um jeito simples
de saber se uma fábrica é legítima ou não. Mesmo que você não tenha intenção de
ir ou mandar alguém a fábrica, um fornecedor legítimo deve estar aberto para
visitas a maior parte do tempo. Além disso, empresas legítimas não tem problema
algum em enviar cópias do cadastro da empresa, para segurança do cliente. É
como se um cliente seu pedisse para saber o CNPJ, a Inscrição Estadual e outros
dados cadastrais da sua empresa no Brasil.
Entretanto, o Lee deve ter percebido
que tínhamos suspeitas, e não nos respondeu. Depois de alguns dias, ele pede
nosso endereço para envio das amostras, como se não tivéssemos pedido nada para
ele.
A última ação, que determinou com
certeza de que se tratava de uma fraude: ligamos para o telefone de contato
dele, para checar se ele havia recebido nossas mensagem. Nesta hora eu já
estava convencido de que se tratava de um farsante, mas por via das dúvidas
resolvi ligar para confirmar. O número que nós foi passado era um número
inexistente.
Resultado concreto: o quanto
economizamos para o cliente
No total economizamos o valor das
amostras e frete, mais os impostos a serem pagos no Brasil, total cerca de USD
200 = R$450. Mas o valor real dos nossos serviços não foi apenas o valor
monetário, mas sim o possível desgaste e transtornos no futuro.
Imagine se não estivéssemos
participando neste processo, o que iria acontecer: o Lee vai enviar uma amostra
para o meu cliente. O importador vai receber, vai ficar impressionado com a
qualidade e com o preço cotado e vai querer fechar o pedido.
O cliente poderia então fechar um
pedido. Lee estava cotando USD 1,5 para o produto de silicone, bem abaixo do
mercado, e o pedido era de 20.000 pcs (um container pequeno) - um pedido no
valor de USD 30.000 (cerca de R$ 70.000). Condição de pagamento: 30% depósito e
70% balanço pré embarque (que é a praxe na China).
Empresas na China normalmente não
exigem que seja assinado um contrato de vendas normal, sendo a Proforma Invoice
(o documento descrevendo o produto, preço, condições,etc) serviria como se
fosse o contrato de compras. Claro, você como importador pode pedir para um
advogado para escrever um contrato formal, que aumenta a sua segurança, mas
também aumenta seus custos. Não creio que o meu cliente iria formalizar a
compra com um contrato para fechar o pedido.
Agora dependendo de como for, o Lee
poderia aceitar o depósito (USD 30.000 x 30% = USD 9.000) e desaparecer. Mas
ele também poderia tentar tirar ainda mais dinheiro do meu cliente, alegando
aumento nos custos de produção e outras dificuldades, e poderia extorquir o
balanço do pedido, sem ter produzido nada e ai sim desaparecer. Ou seja, o
prejuízo poderia ter chegado a mais de USD 30.000.
Caso ele fosse enganado, não haveria
muito que o cliente poderia fazer para recuperar o seu dinheiro. Ele poderia
contratar um advogado no Brasil para ajudá-lo, mas não ia adiantar muito. O
advogado iria contatar um advogado na China, que tentaria notificar o Lee e,
caso não o encontrasse, tentar entrar na justiça chinesa conta ele. Só que ele
só tem um email e um website, sendo que o endereço e o telefone listados são
falsos, e o nome também pode ser falso; ou seja, não há garantias de que o
advogado iria conseguir encontrar ele.
Mesmo se ele conseguisse encontrar o
vendedor e entrar com uma ação contra o Lee, não ia valer a pena: pois teria
custos com o advogado no Brasil e na China, não é garantido que ele iria vencer
na justiça chinesa, e mesmo se vencesse, ele não ia recuperar o tempo perdido,
não iria conseguir todo o seu dinheiro de volta, e iria possivelmente perder
toda a confiança para importar da China no futuro.
Além disso, a Embaixada Brasileira não
pode ajuda-lo, pois eles não se envolvem em casos de disputas comerciais, a não
ser em situações de alta relevância (segundo o Adler), ou seja, um pedido de
USD 30.000 é muito pequeno para eles fazerem alguma coisa. Até
embaixadas de outros países não conseguem fazer muito em casos deste tipo.
Fica a dica para os importadores
iniciantes: prevenção e diligência são as melhores formas de evitar problemas
na China e para economizar tempo e dinheiro na sua importação. Espero que este
estudo de caso seja de ajuda para você evitar ser enganado pela internet.
Claro, cada caso é diferente, e a experiência é fundamental para se precaver
neste sentido, mas o importante é ficar alerta sobre o risco de forma que você,
importador, fique mais atento e crítico em relação ao que aparecer no mercado
(dica me passada pela Equipe
MdF).
quinta-feira, 26 de junho de 2014
A Missão do Administrador | Novo livro do Kanitz.
A proposição do Kanitz é excelente. Ele está liberando online o rascunho de seu novo livro, para receber críticas antes de publicar.
É uma prática do ambiente acadêmico dos EUA, rara no Brasil.
Lembrando que o Piketti, famoso agora pelo livro "Capital no Século XXI", disponibilizou online até as planilhas que usou para calcular seus gráficos.
Recomendo. Todo advogado de direito comercial tem que compreender o comércio.
A Missão do Administrador | Artigos Para Se PensarArtigos Para Se Pensar:
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É uma prática do ambiente acadêmico dos EUA, rara no Brasil.
Lembrando que o Piketti, famoso agora pelo livro "Capital no Século XXI", disponibilizou online até as planilhas que usou para calcular seus gráficos.
Recomendo. Todo advogado de direito comercial tem que compreender o comércio.
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quarta-feira, 18 de junho de 2014
FRETE INTERNACIONAL E SISCOSERV: digas com quem contratas e eu te direi quem declara! | comexblog.com
Excelente artigo sobre contratos de transporte internacional e obrigações acessórias relacionadas ao Siscoserv.
Direito Marítimo: haverá ramo tão importante e tão negligenciado quanto vós?
Link abaixo:
SISCOSERV: digas com quem contratas e eu te direi quem declara! | comexblog.com: "NVOCC"
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siscoserv
segunda-feira, 16 de junho de 2014
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