Um
estudo interessante da revista Exame,1
que pode ser acessado neste
link,
produziu um ranking sobre os melhores portos brasileiros. Pelo
estudo, pode-se perceber que os principais portos brasileiros ainda
se situam no eixo sul-sudeste: Santos (em São Paulo), Rio de Janeiro
(na cidade de mesmo nome), Paranaguá (no Paraná), Itajaí (em Santa
Catarina), Vitória (no Espírito Santo) e Rio Grande (no Rio Grande
do Sul).
O
porto de Santos (São Paulo) continua sendo o porto mais importante
do Brasil, contabilizando quase 30% de toda a circulação de
mercadorias nacional. Manaus (no Amazonas) possui o benefício de se
localizar perto de uma zona franca, mas se situa longe do centro
econômico do país. Uma novidade é o porto de Itaguaí (Rio de
Janeiro) que, apesar do baixo fluxo de mercadorias, é o porto que
possui o maior potencial de crescimento no Brasil.
Nos
últimos anos, contudo, os portos do nordeste cresceram e receberam
muitos investimentos. Eles são, ainda, favorecidos pela grande
proximidade com mercados de exportação, como a Europa e os Estados
Unidos. Portos como o de Suape (Pernambuco) e Pecém (Ceará)
movimentaram uma grande quantidade de mercadorias nos últimos anos,
além de possuir um grande potencial de crescimento. O pólo
portuário de Suape, por exemplo, agrega uma multimodalidade de
transportes, através de rodovias e ferrovias internas, aliadas
a um porto de águas profundas com redes de abastecimento de
água, energia elétrica, telecomunicações e gás natural
instaladas em todo o complexo.
A
única falha da publicação da revista exame, sob o nosso ponto de
vista, é não abordar as diferenças entre os diversos portos
brasileiros no que tange a burocracia e a lentidão administrativa.
Em minha prática jurídica ao longo dos anos, pude perceber que um
dos maiores problemas dos portos brasileiros é a grande burocracia,
o enorme número de formulários e a demora dos procedimentos. Um
estudo que indicasse quais portos brasileiros possuem uma menor
burocracia seria altamente bem-vindo tanto por empresários quanto
por advogados que atuam com investimentos estrangeiros e comércio
internacional.
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