ATUALIZAÇÃO: Em dezembro de 2013, os Vikings ganharam a concorrência dos caças. O governo adotou o modelo Sueco. Veja Brazilian new military procurement laws and Sweden's Jet Fighters - It is all connected (plus, Thor 2 and NDTAs)
Bom sujeito esse Reinfeldt.
Li com olhos de Heimdallr a entrevista que ele deu ao Valor Econômico e fiquei muito impressionado.
Apesar de o título da entrevista ressaltar o vitorioso modelo fiscal da Suécia, o que me chamou a atenção foi a clareza do Primeiro-ministro sobre os rumos da economia do país.
Ele diz, em suma, que a Suécia aceitou a inevitabilidade de perder os empregos industriais para países onde o custo de produção é mais barato. Mas buscou compensar essa perda através de investimentos maciços no setor de serviço especializados, que hoje emprega cerca de 80% da população.
Ele ressaltou que a decisão foi impopular e mal compreendida, mas que, ainda assim, o governo não cedeu.
Ou seja, um ato de liberalismo econômico puro e exitoso, em meio a um dos melhores exemplos de estado social que há no mundo.
Falta um pouco dessa clareza e coragem a nossos políticos.
O LADO BOM DA INVASÃO VIKING
Para ressaltar o lado bom da história, vou citar as palavras de Geraldo Alckmin:
São Paulo se orgulha de ser o segundo polo industrial sueco, depois de Gotemburgo, concentrando a maior parte das 220 empresas suecas que atuam no Brasil e que empregam cerca de 55 mil trabalhadores. Empresas que têm continuamente agregado inovação tecnológica ao nosso parque industrial desde o estabelecimento da primeira delas no território paulista, a Ericsson, em 1924.
(...) a Suécia é uma importante aliada do nosso país nos esforços para liberar o etanol no mercado da União Europeia.
O LADO BÁRBARO
A má notícia é que, enquanto a Suécia está se armando de conhecimento nas áreas de energia verde, telecomunicações e química, nós estamos recebendo fábricas e produzindo etanol. E estamos achando ótimo!
Ou seja, a Suécia está formando uma população de engenheiros, programadores, filósofos e matemáticos.
O Brasil ainda está preocupado em gerar empregos iletrados para a massa operária ao mesmo tempo em que cultiva centenas e centenas de hectares de cana-de-açúcar.
Noutro post, já mencionei que a indústria brasileira caminha a passos largos para a irrelevância mundial.
O Etanol também não durará para sempre. Quando a produção de álcool com base em algas marinhas alcançar escala industrial, o mundo não continuará comprando de nós só para agradecer pelo esforço.
Por outro lado, recentemente recebi no escritório um cliente estrangeiro que vendia projetos de engenharia. Os projetos, sozinhos, custavam cerca de 12 milhões de dólares. Cabiam num pendrive. E a empresa tinha poucos funcionários.
Eu pergunto: quantos pares de havaianas ou quantas sacas de soja temos que vender para conseguir 12 milhões de dólares?
Para arrematar, há indícios de que a tributação incidente sobre a importação de serviços, que no Brasil é altíssima (VEJA POST), começará a ser flexibilizada (mais sobre isso neste outro post). Essa notícia é, à primeira vista, excelente, pois favorece o comércio.
Contudo, será que teremos o bom senso de produzir alguma tecnologia por aqui ou vamos aproveitar para importar ainda mais?
Como dizia José Paulo Paes:
A torneira seca
(mas pior: a falta de sede)
O lado bárbaro da invasão sueca somos nós.
CURTAS
Por coincidência, o filme Thor estreou recentemente no Brasil.
O caça Grippen, que recebeu excelente avaliação técnica da aeronáutica brasileira, é sueco.
A Saab, produtora do caça Grippen, inaugurou ontem em São Bernardo do campo o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro. Uma bela iniciativa, sem dúvida. Eu preferiria gastar dinheiro dos meus impostos comprando um caça que traga tecnologia para o país.
A Rainha Sílvia, que tem mãe Brasileira, poderia ressaltar que é descendente de Afonso III, antigo Rei de Portugal. O mundo é mesmo um lugar muito pequeno.
ATUALIZAÇÃO: Em dezembro de 2013, os Vikings ganharam a concorrência dos caças. O governo adotou o modelo Sueco. Veja Brazilian new military procurement laws and Sweden's Jet Fighters - It is all connected (plus, Thor 2 and NDTAs)
Ontem foi encerrado o ENCONTRO EMPRESARIAL BRASIL - SUÉCIA, que aconteceu na Sede da Fiesp. O evento contou com a presença do Sr. Fredrik Reinfeldt, primeiro-ministro do Reino da Suécia.
Bom sujeito esse Reinfeldt.
Li com olhos de Heimdallr a entrevista que ele deu ao Valor Econômico e fiquei muito impressionado.
Apesar de o título da entrevista ressaltar o vitorioso modelo fiscal da Suécia, o que me chamou a atenção foi a clareza do Primeiro-ministro sobre os rumos da economia do país.
Ele diz, em suma, que a Suécia aceitou a inevitabilidade de perder os empregos industriais para países onde o custo de produção é mais barato. Mas buscou compensar essa perda através de investimentos maciços no setor de serviço especializados, que hoje emprega cerca de 80% da população.
Ele ressaltou que a decisão foi impopular e mal compreendida, mas que, ainda assim, o governo não cedeu.
Ou seja, um ato de liberalismo econômico puro e exitoso, em meio a um dos melhores exemplos de estado social que há no mundo.
Falta um pouco dessa clareza e coragem a nossos políticos.
O LADO BOM DA INVASÃO VIKING
Para ressaltar o lado bom da história, vou citar as palavras de Geraldo Alckmin:
São Paulo se orgulha de ser o segundo polo industrial sueco, depois de Gotemburgo, concentrando a maior parte das 220 empresas suecas que atuam no Brasil e que empregam cerca de 55 mil trabalhadores. Empresas que têm continuamente agregado inovação tecnológica ao nosso parque industrial desde o estabelecimento da primeira delas no território paulista, a Ericsson, em 1924.
(...) a Suécia é uma importante aliada do nosso país nos esforços para liberar o etanol no mercado da União Europeia.
O LADO BÁRBARO
A má notícia é que, enquanto a Suécia está se armando de conhecimento nas áreas de energia verde, telecomunicações e química, nós estamos recebendo fábricas e produzindo etanol. E estamos achando ótimo!
Ou seja, a Suécia está formando uma população de engenheiros, programadores, filósofos e matemáticos.
O Brasil ainda está preocupado em gerar empregos iletrados para a massa operária ao mesmo tempo em que cultiva centenas e centenas de hectares de cana-de-açúcar.
Noutro post, já mencionei que a indústria brasileira caminha a passos largos para a irrelevância mundial.
O Etanol também não durará para sempre. Quando a produção de álcool com base em algas marinhas alcançar escala industrial, o mundo não continuará comprando de nós só para agradecer pelo esforço.
Por outro lado, recentemente recebi no escritório um cliente estrangeiro que vendia projetos de engenharia. Os projetos, sozinhos, custavam cerca de 12 milhões de dólares. Cabiam num pendrive. E a empresa tinha poucos funcionários.
Eu pergunto: quantos pares de havaianas ou quantas sacas de soja temos que vender para conseguir 12 milhões de dólares?
Para arrematar, há indícios de que a tributação incidente sobre a importação de serviços, que no Brasil é altíssima (VEJA POST), começará a ser flexibilizada (mais sobre isso neste outro post). Essa notícia é, à primeira vista, excelente, pois favorece o comércio.
Contudo, será que teremos o bom senso de produzir alguma tecnologia por aqui ou vamos aproveitar para importar ainda mais?
Como dizia José Paulo Paes:
A torneira seca
(mas pior: a falta de sede)
O lado bárbaro da invasão sueca somos nós.
CURTAS
Por coincidência, o filme Thor estreou recentemente no Brasil.
O caça Grippen, que recebeu excelente avaliação técnica da aeronáutica brasileira, é sueco.
A Saab, produtora do caça Grippen, inaugurou ontem em São Bernardo do campo o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro. Uma bela iniciativa, sem dúvida. Eu preferiria gastar dinheiro dos meus impostos comprando um caça que traga tecnologia para o país.
A Rainha Sílvia, que tem mãe Brasileira, poderia ressaltar que é descendente de Afonso III, antigo Rei de Portugal. O mundo é mesmo um lugar muito pequeno.
ATUALIZAÇÃO: Em dezembro de 2013, os Vikings ganharam a concorrência dos caças. O governo adotou o modelo Sueco. Veja Brazilian new military procurement laws and Sweden's Jet Fighters - It is all connected (plus, Thor 2 and NDTAs)
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