Quase todo brasileiro que mora no exterior quer investir no Brasil.
Quem é mais conservador quer comprar títulos do governo federal. Quem é mais arrojado quer investir em fundos ou no seu portfolio próprio de ações.
Até hoje, só havia opções chatas e trabalhosas para fazer isso legalmente. Eram essas:
1) Dupla residência fiscal;
2) Abrir empresa no Brasil;
3) Contratar um banco como custodiante, pagando mais ou menos 40 mil reais por ano, e investindo no mínimo 2,5 milhões de reais.
É claro que pouca gente fazia isso. Quase ninguém tem 2,5 milhões livres para investir. Já as outras opções são bastante trabalhosas e burocráticas. No fim, a solução mais prática ficava sendo investir no exterior.
O Banco Central percebeu que o Brasil estava perdendo milhões de investimento e decidiu flexibilizar as regras.
A partir de agora, a pessoa física que mora fora não precisa mais nomear um banco como custodiante. Poderá, em teoria, investir diretamente com as corretoras de valores (como as corretoras de bancos, ou a XP, etc.).
O investimento não ficou totalmente livre de burocracia. Ainda é preciso nomear um representante no Brasil e se cadastrar na CVM. Ainda assim, a tendência é que o procedimento fique muito mais simples e barato.
Ao longo dos próximo meses o mercado vai se adaptar à novidade e deveremos ver novos produtos aparecendo.
Essa alteração legal era muito esperada. Vou acompanhar com cuidado e postarei novidades por aqui.
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